quinta-feira, 3 de março de 2011

BIOTECNOLOGIA

Biotecnologia

O Que é Biotecnologia?

Biotecnologia é o conjunto de conhecimentos que permite a utilização de agentes biológicos (organismos, células, organelas, moléculas) para obter bens ou assegurar serviços.
Assim, é Biotecnologia o conjunto de técnicas que permite à Indústria Farmacêutica cultivar microrganismos para produzir os antibióticos que serão comprados na Farmácia. Como é Biotecnologia o saber que permite cultivar células de morango para a obtenção de mudas comerciais. E também é Biotecnologia o processo que permite o tratamento de despejos sanitários pela ação de microorganismos em fossas sépticas.

A Biotecnologia abrange diferentes áreas do conhecimento que incluem a ciência básica (Biologia Molecular, Microbiologia, Biologia celular, Genética, Genômica, Embriologia etc.), a ciência aplicada (Técnicas imunológicas, químicas e bioquímicas) e outras tecnologias (Informática, Robótica e Controle de processos).

A Engenharia Genética ocupa um lugar de destaque como tecnologia inovadora, seja porque permite substituir métodos tradicionais de produção (Hormônio de crescimento, Insulina), seja porque permite obter produtos inteiramente novos (Organismos transgênicos).

A Biotecnologia transforma nossa vida cotidiana. O seu impacto atinge vários setores produtivos, oferecendo novas oportunidades de emprego e inversões.
Hoje contamos com plantas resistentes a doenças, plásticos biodegradáveis, detergentes mais eficientes, biocombustíveis, processos industriais e agrícolas menos poluentes, métodos de biorremediação do meio ambiente e centenas de testes diagnósticos e novos medicamentos.
Para obter mais informações e fazer download gratuito de livros, manuais e guias de atividades de Biotecnologia, acesse o siteBIOTECNOLOGIA: ENSINO E DIVULGAÇÃO.
Produtos de origem biotecnológica, por setor:
SetoresBens e Serviços
AgriculturaAdubo composto, pesticidas, silagem, mudas de plantas ou de árvores, plantas com propriedades novas etc.
AlimentaçãoPães, queijos, picles, cerveja, vinho, proteína unicelular, aditivos, etc.
Ind. QuímicaButanol, acetona, glicerol, ácidos orgânicos, enzimas etc.
EletrônicaBiosensores
EnergiaEtanol, biogás
Meio AmbienteRecuperação de petróleo, tratamento do lixo, purificação da água etc.
PecuáriaEmbriões
SaúdeAntibióticos, hormônios e outros medicamentos, vacinas, reagentes e testes de diagnóstico, etc.

O Curso

O ensino médio técnico em Biotecnologia do Instituto de Tecnologia ORT tem três anos de duração. O título é registrado no Conselho Regional de Química.
Nossos alunos recebem uma formação que permite tanto a entrada direta no mercado de trabalho como o prosseguimento de estudos de nível superior. O nível do ensino está adequado à idade dos alunos, aos seus conhecimentos prévios e ao tempo disponível (3 anos).
As matérias específicas contam com apoio laboratorial, dentro da filosofia da instituição de “aprender fazendo”. Ao longo de sua vida escolar, o aluno passa por diferentes etapas, do trabalho supervisionado ao trabalho independente.
ORT está em sintonia com os princípios de biossegurança, indispensáveis para o desenvolvimento sustentado da Biotecnologia moderna.

Grade Curricular

Todos os alunos do ORT cursam matérias de educação geral, de educação tecnológica e de cultura judaica.
Educação Geral. Corresponde a grade curricular completa do Ensino Médio: Português, Literatura, Inglês, Historia, Geografia, Artes, Educação Física, Matemática, Física, Química, Biologia, Filosofia, Sociologia, Gestão de Negócios, Informática, Estatística.
Cultura Judaica. Objetiva divulgar os valores humanistas universais do judaísmo: Hebraico e História Judaica
Educação Tecnológica – Biotecnologia. Contempla a instrução teórica e prática específica em diversas matérias, dentro de três áreas principais: Biologia Aplicada, Química Experimental e Biotecnologia.
As saídas de campo do Curso de Biotecnologia recebem muita atenção. As atividades têm lugar no exclusivo Núcleo Experimental de Estudos Ambientais do Instituto de Tecnologia ORT (NEDEA/ORT), campus localizado em Petrópolis que conta com uma área de 850.000 m2 e um laboratório para os estudos ambientaisecossistemas, além de confortáveis instalações.

Ementas

1ª SÉRIE
Biologia Aplicada 1: Biosfera, ecossistemas, espécies, populações e comunidades. Padrões de crescimento das populações. Relações intra-específicas e inter-específicas. Nicho ecológico. Sucessões. O homem e o meio ambiente: monitoramento e avaliação do impacto ambiental.
Química Experimental 1: Técnicas e operações de laboratório. Segurança no laboratório. Substâncias puras, misturas e combinações. Compostos iônicos e covalentes. Funções inorgânicas. Indicadores. Reações químicas. Fatores que influenciam as reações químicas. Leis ponderais.
Biotecnologia Geral: Definição e impacto da biotecnologia na sociedade. Os agentes biológicos. As principais ferramentas da biotecnologia clássica: fermentações e cultura de tecidos. A hereditariedade. O melhoramento genético. O DNA e a informação genética. Introdução à biotecnologia moderna.
2ª SÉRIE
Biologia Aplicada 2: Anatomia e fisiologia humanas. Nutrição, circulação, respiração e excreção. Sistemas de integração e controle corporal. Revestimento, suporte e movimentação do corpo humano. Reprodução. A integração do organismo. Aspectos gerais de saúde humana. Os sistemas de defesa. Prevenção de distúrbios e doenças.
Química Experimental 2: Técnicas e operações de laboratório. Segurança no laboratório. Soluções. Preparação de soluções. Volumetria. Os compostos orgânicos. Constantes físicas. Extração com solvente. Destilação. Propriedades e caracterização das principais funções orgânicas. Reações orgânicas.
Microbiologia: O cuidado do material básico no laboratório microbiológico. Normas de biossegurança no laboratório. Características morfológicas e fisiológicas dos microrganismos, processos reprodutivos, importância econômica e sanitária. Técnicas microbiológicas. O crescimento de microorganismos e o seu controle por agentes físicos e químicos.
Tecnologia das Fermentações: Aspectos tecnológicos, ambientais e sociais de alguns processos biotecnológicos. O processo industrial genérico. Fermentadores. Problemas de escala. Tratamentos iniciais e finais. Condução e monitoramento de uma fermentação. As novas tecnologias na Indústria.
3ª SÉRIE
Biologia e Biotecnologia vegetal: Multiplicação, crescimento e desenvolvimento. Aspectos tecnológicos da multiplicação “in vivo” e da multiplicação “in vitro”. O transporte de substâncias através da planta. O sistema foliar e a transpiração. Respiração e fotossíntese. A diversidade vegetal e sua conservação.
Química Experimental 3: Técnicas e operações de laboratório. Segurança no laboratório. Soluções. Propriedades coligativas. Termoquímica. Cinética Química. Equilíbrios químicos. Oxidações e reduções. Eletroquímica: pilhas e eletrólise. Corrosão.
Química Biológica: A composição da matéria viva. Técnicas analíticas. Espectrofotometria. Cromatografia. Eletroforese. Carboidratos. Proteínas. Enzimas e cinética enzimática. Lipídeos. Vitaminas. Aspectos de Bioquímica Humana.
Processos Biotecnológicos: O impacto da Biotecnologia no meio ambiente, na indústria e na produção de alimentos.
Biotecnologia Avançada: Biologia molecular. As novas tecnologias. Noções de bioinformática e genômica. Biotecnologia e agricultura. Os novos alimentos. Biotecnologia e saúde. Bioética.
Projeto Final

Mercado de trabalho

Mercado de TrabalhoTodos os alunos do ORT formados em Biotecnologia adquirem experiência profissional através de um estágio supervisionado de pelo menos 220 horas. No mínimo 80 horas devem ser cumpridas através de estágio em empresas ou instituições da área. As 140 horas restantes correspondem à matéria Projeto Final.
Os alunos formados em biotecnologia estão habilitados a trabalhar em diversas áreas como ser as indústrias farmacêuticas, de alimentos e de energia. Podem atuar na cultura de microrganismos e de células, na aplicação de testes de laboratório e também em diferentes etapas da obtenção de produtos, no acompanhamento da produção, na análise de produtos e no controle de qualidade.
Com o diploma do ORT também é possível atuar na área de seleção e manutenção de linhagens microbianas e celulares escolhidas, na multiplicação in vitro de vegetais e realizar testes laboratoriais. Na área industrial o diploma confere conhecimento para atividades como preparação de inóculos, monitoramento e controle de processos ou controle de qualidade.

quarta-feira, 2 de março de 2011

REGRAS DE ACENTUAÇÃO DO NOVO ACORDO ORTOGRÁFICO

O Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa, que entra em vigor em 2009, vai alterar a acentuação de algumas palavras, extinguir o uso do trema e sistematizar a utilização do hífen, entre outras mudanças significativas. No Brasil, palavras como "heróico", "idéia" e "feiúra", por exemplo, deixarão de ser acentuadas. 

Veja abaixo as novas regras de acentuação para oxítonas, paroxítonas e proparoxítonas. 

Da acentuação gráfica das palavras oxítonas 

1º-) Acentuam-se com acento agudo: 

As palavras oxítonas terminadas nas vogais tónicas/tônicas abertas grafas -a, -e ou -o, seguidas ou não de -s: está, estás, já, olá; até, é, és, olé, pontapé(s); avó(s), dominó(s), paletó(s), só(s). 

Obs.: Em algumas (poucas) palavras oxítonas terminadas em -e tónico/tônico, geralmente provenientes do francês, esta vogal, por ser articulada nas pronúncias cultas ora como aberta ora como fechada, admite tanto o acento agudo como o acento circunflexo: bebé ou bebê, bidé ou bidê, canapé ou canapê, caraté ou caratê, croché ou crochê, guiché ou guichê, matiné ou matinê, nené ou nenê, ponjé ou ponjê, puré ou purê, rapé ou rapê. 

O mesmo se verifica com formas como cocó e cocô, ró (letra do alfabeto grego) e rô. São igualmente admitidas formas como judô, a par de judo, e metrô, a par de metro. 

b) As formas verbais oxítonas, quando, conjugadas com os pronomes clíticos lo(s) ou la(s), ficam a terminar na vogal tónica/tônica aberta grafada -a, após a assimilação e perda das consoantes finais grafadas -r, -s ou -z: adorá-lo(s) (de adorar-lo(s)), á-la(s) (de ar-la(s) ou dá(s)-la(s)), fá-lo(s) (de faz-lo(s)), fá-lo(s)-ás (de far-lo(s)-ás), habitá-la(s) iam (de habitar-la(s)- iam), trá-la(s)-á (de trar-la(s)-á); 

c) As palavras oxítonas com mais de uma sílaba terminadas no ditongo nasal grafado em (exceto as formas da 3ª- pessoa do plural do presente do indicativo dos compostos de ter e vir: retêm, sustêm; advêm, provêm; etc.) ou -ens: acém, detém, deténs, entretém, entreténs, harém, haréns, porém, provém, provéns, também; 

d) As palavras oxítonas com os ditongos abertos grafados -éi, -éu ou -ói, podendo estes dois últimos ser seguidos ou não de -s: anéis, batéis, fiéis, papéis; céu(s), chapéu(s), ilhéu(s), véu(s); corrói (de corroer), herói(s), remói (de remoer), sóis. 

2º-) Acentuam-se com acento circunflexo: 

a) As palavras oxítonas terminadas nas vogais tónicas/tônicas fechadas que se grafam -e ou -o, seguidas ou não de -s: cortês, dê, dês (de dar), lê, lês (de ler), português, você(s); avô(s), pôs (de pôr), robô(s); 

b) As formas verbais oxítonas, quando, conjugadas com os pronomes clíticos -lo(s) ou la(s), ficam a terminar nas vogais tónicas/tônicas fechadas que se grafam -e ou -o, após a assimilação e perda das consoantes finais grafadas -r, -s ou -z: detê-lo(s) (de deter-lo(s)), fazê-la(s) (de fazer-la(s)), fê-lo(s) (de fez-lo(s)), vê-la(s) (de ver-la(s)), compô la(s) (de compor-la(s)), repô-la(s) (de repor-la(s)), pô-la(s) (de por-la(s) ou pôs-la(s)). 

3º-) Prescinde-se de acento gráfico para distinguir palavras oxítonas homógrafas, mas heterofónicas/heterofônicas, do tipo de cor (ô), substantivo, e cor (ó), elemento da locução de cor; colher (ê), verbo, e colher (é), substantivo. Excetua-se a forma verbal pôr, para a distinguir da preposição por. 

Da acentuação gráfica das palavras paroxítonas 

1º-) As palavras paroxítonas não são em geral acentuadas graficamente: enjoo, grave, homem, mesa, Tejo, vejo, velho, voo; avanço, floresta; abençoo, angolano, brasileiro; descobrimento, graficamente, moçambicano. 

2º-) Recebem, no entanto, acento agudo: 

a) As palavras paroxítonas que apresentam, na sílaba tónica/tônica, as vogais abertas grafadas a, e, o e ainda i ou u e que terminam em -l, -n, -r, -x e -ps, assim como, salvo raras exceções, as respetivas formas do plural, algumas das quais passam a proparoxítonas: amável (pl. amáveis), Aníbal, dócil (pl. dóceis) dúctil (pl. dúcteis), fóssil (pl. fósseis) réptil (pl. répteis: var. reptil, pl. reptis); cármen (pl. cármenes ou carmens; var. carme, pl. carmes); dólmen (pl. dólmenes ou dolmens), éden (pl. édenes ou edens), líquen (pl. líquenes), lúmen (pl. lúmenes ou lumens); açúcar (pl. açúcares), almíscar (pl. almíscares), cadáver (pl. cadáveres), caráter ou carácter (mas pl. carateres ou caracteres), ímpar (pl. ímpares); Ajax, córtex (pl. córtex; var. córtice, pl. córtices), índex (pl. índex; var. índice, pl. índices), tórax (pl. tórax ou tóraxes; var. torace, pl. toraces); bíceps (pl. bíceps; var. bicípite, pl. bicípites), fórceps (pl. fórceps; var. fórcipe, pl. fórcipes). 

Obs.: Muito poucas palavras deste tipo, com as vogais tónicas/tônicas grafadas e e o em fim de sílaba, seguidas das consoantes nasais grafadas m e n, apresentam oscilação de timbre nas pronúncias cultas da língua e, por conseguinte, também de acento gráfico (agudo ou circunflexo): sémen e sêmen, xénon e xênon; fémur e fêmur, vómer e vômer; Fénix e Fênix, ónix e ônix. 

b) As palavras paroxítonas que apresentam, na sílaba tónica/tônica, as vogais abertas grafadas a, e, o e ainda i ou u e que terminam em -ã(s), -ão(s), -ei(s), -i(s), -um, -uns ou -us: órfã (pl. órfãs), acórdão (pl. acórdãos), órfão (pl. órfãos), órgão (pl. órgãos), sótão (pl. sótãos); hóquei, jóquei (pl. jóqueis), amáveis (pl. de amável), fáceis (pl. de fácil), fósseis (pl. de fóssil), amáreis (de amar), amáveis (id.), cantaríeis (de cantar), fizéreis (de fazer), fizésseis (id.); beribéri (pl. beribéris), bílis (sg. e pl.), iris (sg. e pl.), júri (pl. júris), oásis (sg. e pl.); álbum (pl. álbuns), fórum (pl. fóruns); húmus (sg. e pl.), vírus (sg. e pl.). 

Obs.: Muito poucas paroxítonas deste tipo, com as vogais tónicas/ tônicas grafadas e e o em fim de sílaba, seguidas das consoantes nasais grafadas m e n, apresentam oscilação de timbre nas pronúncias cultas da língua, o qual é assinalado com acento agudo, se aberto, ou circunflexo, se fechado: pónei e pônei; gónis e gônis, pénis e pênis, ténis e tênis; bónus e bônus, ónus e ônus, tónus e tônus, Vénus e Vênus. 

3º) Não se acentuam graficamente os ditongos representados por ei e oi da sílaba tónica/tônica das palavras paroxítonas, dado que existe oscilação em muitos casos entre o fechamento e a abertura na sua articulação: assembleia, boleia, ideia, tal como aldeia, baleia, cadeia, cheia, meia; coreico, epopeico, onomatopeico, proteico; alcaloide, apoio (do verbo apoiar), tal como apoio (subst.), Azoia, boia, boina, comboio (subst.), tal como comboio, comboias etc. (do verbo comboiar), dezoito, estroina, heroico, introito, jiboia, moina, paranoico, zoina. 

4º-) É facultativo assinalar com acento agudo as formas verbais de pretérito perfeito do indicativo, do tipo amámos, louvámos, para as distinguir das correspondentes formas do presente do indicativo (amamos, louvamos), já que o timbre da vogal tónica/tônica é aberto naquele caso em certas variantes do português. 

5º-) Recebem acento circunflexo: 

a) As palavras paroxítonas que contêm, na sílaba tónica/tônica, as vogais fechadas com a grafia a, e, o e que terminam em -l, -n, -r ou -x, assim como as respetivas formas do plural, algumas das quais se tornam proparoxítonas: cônsul (pl. cônsules), pênsil (pl. pênseis), têxtil (pl. têxteis); cânon, var. cânone, (pl. cânones), plâncton (pl. plânctons); Almodôvar, aljôfar (pl. aljôfares), âmbar (pl. âmbares), Câncer, Tânger; bômbax (sg. e pl.), bômbix, var. bômbice, (pl. bômbices). 

b) As palavras paroxítonas que contêm, na sílaba tónica/tônica, as vogais fechadas com a grafia a, e, o e que terminam em -ão(s), -eis, -i(s) ou -us: benção(s), côvão(s), Estêvão, zángão(s); devêreis (de dever), escrevêsseis (de escrever), fôreis (de ser e ir), fôsseis (id.), pênseis (pl. de pênsil), têxteis (pl. de têxtil); dândi(s), Mênfis; ânus. 

c) As formas verbais têm e vêm, 3 a-s pessoas do plural do presente do indicativo de ter e vir, que são foneticamente paroxítonas (respetivamente / t ã j ã j /, / v ã j ã j / ou / t j /, / v j / ou ainda / t j j /, / v j j /; cf. as antigas grafias preteridas, têem, vêem), a fim de se distinguirem de tem e vem, 3a -s pessoas do singular do presente do indicativo ou 2 a-s pessoas do singular do imperativo; e também as correspondentes formas compostas, tais como: abstêm (cf. abstém), advêm (cf. advém), contêm (cf. contém), convêm (cf. convém), desconvêm (cf. desconvém), detêm (cf. detém), entretêm (cf. entretém), intervêm (cf. inter- vém), mantêm (cf. mantém), obtêm (cf. obtém), provêm (cf. provém), sobrevêm (cf. sobrevém). 

Obs.: Também neste caso são preteridas as antigas grafias detêem, intervêem, mantêem, provêem etc. 

6º-) Assinalam-se com acento circunflexo: 

a) Obrigatoriamente, pôde (3ª- pessoa do singular do pretérito perfeito do indicativo), que se distingue da correspondente forma do presente do indicativo (pode). 

b) Facultativamente, dêmos (1ª- pessoa do plural do presente do conjuntivo), para se distinguir da correspondente forma do pretérito perfeito do indicativo (demos); fôrma (substantivo), distinta de forma (substantivo: 3ª- pessoa do singular do presente do indicativo ou 2ª- pessoa do singular do imperativo do verbo formar). 

7º-) Prescinde-se de acento circunflexo nas formas verbais paroxítonas que contêm um e tónico/tônico oral fechado em hiato com a terminação -em da 3ª- pessoa do plural do presente do indicativo ou do conjuntivo, conforme os casos: creem, deem (conj.), descreem, desdeem (conj.), leem, preveem, redeem (conj.), releem, reveem, tresleem, veem. 

8º-) Prescinde-se igualmente do acento circunflexo para assinalar a vogal tónica/tônica fechada com a grafia o em palavras paroxítonas como enjoo, substantivo e flexão de enjoar, povoo, flexão de povoar, voo, substantivo e flexão de voar etc. 

9º-) Prescinde-se, do acento agudo e do circunflexo para distinguir palavras paroxítonas que, tendo respectivamente vogal tónica/tônica aberta ou fechada, são homógrafas de palavras proclíticas. Assim, deixam de se distinguir pelo acento gráfico: para (á), flexão de parar, e para, preposição; pela(s) (é), substantivo e flexão de pelar, e pela(s), combinação de per e la(s); pelo (é), flexão de pelar, pelo(s) (ê), substantivo ou combinação de per e lo(s); polo(s) (ó), substantivo, e polo(s), combinação antiga e popular de por e lo(s); etc. 

10º-) Prescinde-se igualmente de acento gráfico para distinguir paroxítonas homógrafas heterofónicas/heterofônicas do tipo de acerto (ê), substantivo e acerto (é), flexão de acertar; acordo (ô), substantivo, e acordo (ó), flexão de acordar; cerca (ê), substantivo, advérbio e elemento da locução prepositiva cerca de, e cerca (é), flexão de cercar; coro (ô), substantivo, e coro (ó), flexão de corar; deste (ê), contracção da preposição de com o demonstrativo este, e deste (é), flexão de dar; fora (ô), flexão de ser e ir, e fora (ó), advérbio, interjeição e substantivo; piloto (ô), substantivo e piloto (ó), flexão de pilotar; etc. 

Da acentuação das palavras proparoxítonas 

1º-) Levam acento agudo: 

a) As palavras proparoxítonas que apresentam na sílaba tónica/tônica as vogais abertas grafadas a, e, o e ainda i, u ou ditongo oral começado por vogal aberta: árabe, cáustico, Cleópatra, esquálido, exército, hidráulico, líquido, míope, músico, plástico, prosélito, público, rústico, tétrico, último; 

b) As chamadas proparoxítonas aparentes, isto é, que apresentam na sílaba tónica/tônica as vogais abertas grafadas a, e, o e ainda i, u ou ditongo oral começado por vogal aberta, e que terminam por sequências vocálicas pós-tónicas/pós-tônicas praticamente consideradas ditongos crescentes (-ea, -eo, -ia, -ie, -io, -oa, -ua, -uo etc.): álea, náusea; etéreo, níveo; enciclopédia, glória; barbárie, série; lírio, prélio; mágoa, nódoa; exígua, língua; exíguo, vácuo. 

2º-) Levam acento circunflexo: 

a) As palavras proparoxítonas que apresentam na sílaba tónica/tônica vogal fechada ou ditongo com a vogal básica fechada: anacreôntico, brêtema, cânfora, cômputo, devêramos (de dever), dinâmico, êmbolo, excêntrico, fôssemos (de ser e ir), Grândola, hermenêutica, lâmpada, lôstrego, lôbrego, nêspera, plêiade, sôfrego, sonâmbulo, trôpego; 

b) As chamadas proparoxítonas aparentes, isto é, que apresentam vogais fechadas na sílaba tónica/tônica, e terminam por sequências vocálicas pós-tónicas/pós-tônicas praticamente consideradas como ditongos crescentes: amêndoa, argênteo, côdea, Islândia, Mântua, serôdio. 

3º-) Levam acento agudo ou acento circunflexo as palavras proparoxítonas, reais ou aparentes, cujas vogais tónicas/tônicas grafadas e ou o estão em final de sílaba e são seguidas das consoantes nasais grafadas m ou n, conforme o seu timbre é, respetivamente, aberto ou fechado nas pronúncias cultas da língua: académico/acadêmico, anatómico/ anatômico, cénico/cênico, cómodo/cômodo, fenómeno/fenômeno, género/gênero, topónimo/topônimo; Amazónia/Amazônia, Antó- nio/Antônio, blasfémia/blasfêmia, fémea/fêmea, gémeo/gêmeo, génio/ gênio, ténue/tênue.



DINÂMICA - AS LEIS DE NEWTON

INTRODUÇÃO
A dinâmica é a parte da mecânica que se dedica ao estudo dos movimentos levando em conta as suas causas: as forças.
O problema básico da mecânica é aquele de determinar a posição e a velocidade de uma partícula, uma vez conhecidas as forças agindo sobre ela.
A LEI DA INÉRCIA
 Existe na natureza uma tendência de não se alterar o estado de movimento de uma partícula, isto é, uma partícula em repouso tende naturalmente a permanecer em repouso e uma partícula com velocidade constante tende a manter a sua velocidade constante.
Essa tendência natural de tudo permanecer como está é conhecida como inércia. No caso da Mecânica, essa observação a respeito do comportamento da natureza levou Newton a enunciar a sua famosa Lei da Inércia, que diz:
"Qualquer corpo em movimento retilíneo e uniforme (ou em repouso)
tende a manter-se em movimento retilíneo e uniforme (ou em repouso)."
Esta é a primeira Lei de Newton.
corpo em repouso
um corpo em movimento
A inércia pode ser pensada como uma propriedade inata da matéria. Trata-se de um poder de resistir, mediante o qual cada corpo, no que depender de si, continua no seu estado presente, seja de repouso seja em movimento retilíneo e uniforme.

O exemplo mais simples, do ponto de vista da observação da inércia dos corpos, é aquele dos passageiros num ônibus. Quando o veículo é brecado, os passageiros tendem a manter-se no seu estado de movimento.

Por isso, as pessoas "vão para a frente" do ônibus quando este breca. Na realidade, a mudança do estado de movimento é apenas do ônibus.
Os passageiros simplesmente tendem a manter-se como estavam. Da inércia resultam os ferimentos em acidentes no tráfego.
1a lei
Por que a utilização do cinto de segurança?

A 2ª lei de Newton


A segunda lei de Newton é a lei fundamental da Mecânica. A partir dela e através de métodos matemáticos, podemos fazer previsões (velocidade e posição, por exemplo) sobre o movimento dos corpos.

Qualquer alteração da velocidade de uma partícula é atribuída, sempre, a um agente denominado força. Basicamente, o que produz mudanças na velocidade são forças que agem sobre a partícula. Como a variação de velocidade indica a existência de aceleração, é de se esperar que haja uma relação entre a força e a aceleração. De fato, Sir Isaac Newton percebeu que existe uma relação muito simples entre força e aceleração, isto é, a força é sempre diretamente proporcional à aceleração que ela provoca:
2a lei
onde m é a massa do corpo.
Esta relação simples entre força e aceleração é conhecida como a 2ª Lei de Newton.

No enunciado da lei de Newton, o termo  tanto pode representar uma força como a força que resulta da soma de um conjunto de forças.
Sendo a força uma grandeza vetorial, o mesmo acontecendo com a aceleração, podemos escrever para a lei de Newton, numa notação vetorial:
Em componentes ao longo dos eixos x, y e z podemos escrever:
Fx = max ,
Fy = may ,
Fz = maz .
No caso em que mais de uma força atua sobre uma partícula, a lei de Newton deve ser entendida como:
onde  indica a soma das forças, ou seja, a somatória das forças que atuam sobre o objeto é igual à massa vezes a aceleração.
Em termos das componentes, escrevemos:

Ação e reação a 3ª lei de Newton


3a Lei
Como foi dito no Capítulo 8, as forças resultam da interação de um corpo com outro corpo. É de se esperar, portanto, que, se um corpo A exerce uma força sobre um corpo B (chamada de ação), A também experimenta uma força (chamada de reação) que resulta da interação com B.
Newton percebeu não só que isso acontece sempre mas, indo mais longe, especificou as principais características das forças que resultam da interação entre dois corpos. Essa questão foi objeto da sua terceira lei, cujo enunciado é:
"Para toda força que surgir num corpo como resultado da interação com um segundo corpo, deve surgir nesse segundo uma outra força, chamada de reação, cuja intensidade e direção são as mesmas da primeira mas cujo sentido é o oposto da primeira."
Desse modo, Newton se deu conta de três características importantes das forças de interação entre dois objetos.

força de interação entre dois objetos




Em primeiro lugar, uma força nunca aparece sozinha. Elas aparecem aos pares (uma delas é chamada de ação e a outra, de reação).
Em segundo lugar, é importante observar que cada uma dessas duas forças atua em objetos distintos.
Finalmente, essas forças (aos pares) tem a mesma magnitude mas diferem uma da outra pelo sentido: elas têm sentido oposto uma da outra.



Unidades de massa


No SI , a unidade de massa é o quilograma (kg). Esta é a massa de um cilindro de platina iridiada mantido no Bureau Internacional de Pesos e Medidas (Paris).
quilograma padrao